Marta sai em defesa da greve dos professores: “Evidencia descaso da prefeitura de Salvador com a categoria e os retrocessos na educação municipal”
Presidenta da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia, a vereadora Marta Rodrigues (PT) saiu em defesa, nesta sexta-feira (20), da greve dos professores do município e disse que a prefeitura de Salvador mais uma vez desrespeita a categoria ao negar o reajuste exigido conforme os direitos trabalhistas.
Segundo a pré-candidata a deputada federal, a greve também evidencia o descaso com a melhoria da qualidade da educação municipal e o menosprezo no tratamento dado pela Secretaria Municipal de Educação aos profissionais e às reivindicações que tem sido feitas há anos, sem êxito.
“Todo meu apoio às professoras e professores, que ao longo dos anos, tem exercido o trabalho com muito afinco mesmo diante de todas as dificuldades e dos retrocessos na educação, como a não efetivação da mudança de nível de profissionais, uma pauta antiga, a negativa do reajuste reivindicado pela categoria com base na inflação. A greve é um direito constitucional, são anos já de desrespeito com estes guerreiros e guerreiras”.
Marta lembra da defasagem e da falta de investimento na educação municipal, a exemplo da ausência de creches, escolas sem condições adequadas para trabalho, muitas que estão com reformas inacabadas há mais de um ano, falta de auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADI) para crianças pequenas, especialmente as que possuem deficiência.
“Os professores e professoras municipais trabalham as vezes gastando dos próprios recursos para prover aulas de qualidade, com material escolar, até. A secretaria não tem o menor respeito com a educação municipal e o órgão mostra isso a cada dia, não só pela não abertura ao diálogo, mas por atos que afetam a qualidade de ensino, como a retirada de professores de Artes e Educação Física do quadro pedagógico”, lembra.
Ainda conforme a vereadora, soma-se aos retrocessos a tentativa de mercantilização da educação com o ‘voucher’ chamado Pé Na Escola, que dá um valor irrisório para alunos matricularem-se em escolas particulares. “Ao invés de estar investindo na educação pública de qualidade e acessível para todos, o que vemos é uma projeto de gestão similar ao do governo federal, de desrespeito com quem está na sala de aula, com a universalização da educação pública, a exemplo do fim de mais de 40 turmas de Educação Para Jovens e Adultos (EJA), fundamental para combater o analfabetismo”, acrescentou.