Na entrega do relatório da transição, Zé Neto propõe fortalecer câmaras técnicas e fomento para setor produtivo
Em coletiva de imprensa do Grupo de Trabalho da Indústria, Comércio e Serviço, o deputado federal Zé Neto, como membro da equipe, reforçou que entre as ações propostas na área de desenvolvimento econômico do futuro governo Lula, além da recriação do ministério da Indústria e Comércio (MDIC) e do Planejamento e Orçamento (MPOC), o fortalecimento das cadeias produtivas, recriação das câmaras técnicas e criação de secretaria especial para o setor de serviços, abrangendo as áreas de turismo e eventos, a ampliação do fomento e política de inovação para a indústria, serão prioridades para o desenvolvimento da economia nacional. A informação foi dada nesta quarta-feira (7), na divulgação do primeiro diagnóstico feito pelo grupo.
“Vamos voltar a fazer o debate com as diversas cadeias produtivas do país, com destaque para as de frango, carne, leite, cacau, indústria, comércio, serviço, englobando turismo e eventos, varejo e atacado. Além disso, é importante recriar as Câmaras Técnicas como espaço de elaboração e consulta, para melhorar as decisões a serem tomadas e de acompanhamento das ações governamentais , que podem ser melhoradas ou até mesmo revistas”, explicou Zé Neto.
Sobre a criação de secretaria especial para serviços, o parlamentar exemplificou: Acho importante a criação da secretaria, lembrando que setores como turismo e eventos, por exemplo, precisam de uma atenção de mais qualidade, pois é uma indústria que tem passado por muitas dificuldades, principalmente em virtude da pandemia e de seus efeitos. Além disso, é precisar tratar esses temas de forma transversal em comitês Interministeriais”, finalizou.
O diagnóstico foi apresentado pela equipe formada pela o ex-ministro e coordenador do grupo de trabalho, Aloizio Mercadante , o ex-ministro Mauro Borges, a senadora Zenaide Maia, o ex-governador Germano Rigotto e o professor Paulo Feldman.
Na oportunidade, o ex-ministro Mauro Borges, afirmou que houve um desmonte da política industrial e de comércio exterior no Brasil, além do desmonte de instituições, a exemplo do que aconteceu com o BNDES.
“Existe uma política de descapitalização no país, estávamos indo na contramão do mundo, sem proteger o nosso mercado interno”, enfatizou.
O GT ainda disse que mais do que a recriação do MDIC, é necessário que a reforma tributária seja aprovada, para que ocorra o processo de reindustrialização do país.
O relatório final da equipe de transição, será entregue até final de dezembro.