Estudantes em dia com o Fies também podem renegociar dívidas
A mudança de perspectiva de vida para os estudantes brasileiros, a partir da renegociação das dívidas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), foi o destaque da entrevista do deputado Rubens Otoni (PT-GO) para o Jornal PT Brasil, nesta quinta-feira (9). A previsão é que a medida, chamada pelo presidente Lula de “Desenrola da Educação”, beneficie 1,2 milhão de estudantes que tenham contratos celebrados até 2017 e com atraso nos pagamentos até 30 de junho de 2023. Os descontos podem chegar a 99%.
“Este programa do presidente Lula não é apenas sobre renegociar uma dívida. É sobre estimular os nossos estudantes a se dedicar àquilo que é mais importante, que é a educação”, salientou Otoni, ao considerar que o governo e o Ministério da Educação têm grande interesse em abrir oportunidades de inclusão dos jovens no processo educacional.
“Tenho absoluta certeza que, além da renegociação, vai haver uma procura maior pelo Fies porque as pessoas vão começar a acreditar e vão perceber que há um interesse não apenas econômico. Há um grande interesse social do governo federal de garantir o que é mais importante, que a educação da nossa juventude”, salientou.
Renegociação é possível para quem está em dia
No governo anterior o Fies, além de não ser prioridade, tinha acesso dificultado. “Agora, não!”, assinalou o deputado, ao comentar que o governo não só oficializa a renegociação das dívidas como também dá oportunidade àqueles que estão em dia de poder fazer um refinanciamento em situações mais adequadas.
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Quem pode ser beneficiado, segundo o deputado, são aqueles que estão inadimplentes há muito tempo “e que às vezes até já desistiram de estudar porque não deram conta de pagar”. Há também os que estão inadimplentes eventualmente, talvez por uma dificuldade momentânea e querem renegociar e também quem não está inadimplente mas, diante do novo olhar que o governo federal está dando aos estudantes, querem aproveitar a oportunidade para refinanciar em melhores condições.
“Às vezes o estudante não está inadimplente, mas tem a oportunidade de refinanciar em condições melhores para que fique tranquilo e continue seus estudos”, esclareceu o deputado, orientando os estudantes a procurar a instituição financeira que fez o financiamento (Caixa ou Banco do Brasil), verificar os detalhes da renegociação e as oportunidades oferecidas. As operações de renegociação do governo com o Desenrola Fies tem um valor estimado de R$ 54 milhões.
Da Redação, com informações do MEC