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Encontro em Salvador discute prejuízos da ditadura e a luta pela democracia no Brasil

Data de publicação: 11/04/2024

Ciclo de debates sobre 60 anos do golpe militar no Brasil foi promovido pela Fundação Perseu Abramo nesta quarta-feira, 10

O painel “apoio dos meios de comunicação e do empresariado ao regime militar brasileiro”, que integra o Ciclo de Debates sobre os 60 anos do golpe militar produzido pela Fundação Perseu Abramo, foi realizado nesta quarta-feira, 10, no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador. Serão realizados, no total, cinco encontros em diferentes estados do Brasil. O primeiro painel foi promovido no Rio de Janeiro, o segundo agora em Salvador e os próximos serão realizados em Belém do Pará, Olinda e Porto Alegre. Na capital baiana, o painel contou com as presenças da membra do Diretório Nacional do PT e diretora da Fundação Perseu Abramo, relacionada as atividades do Centro de Memória Sérgio Buarque de Holanda, Elen Coutinho, do deputado estadual, Marcelino Galo, do PT,  do escritor e ex-deputado Emiliano José, da ex-ministra Matilde Ribeiro e do ex-ministro Luiz Dulci, dentre outros.

O objetivo é contribuir com as discussões sobre o golpe militar no país, abordando os prejuízos políticos, econômicos e sociais causados pela ditadura, assim como a luta e a conquista da democracia. Para a membra do Diretório Nacional do PT e diretora da Fundação Perseu Abramo, relacionada as atividades do Centro de Memória Sérgio Buarque de Holanda, Elen Coutinho, “promover este espaço é importante para debatermos o golpe, militarismo, os processos de transição e as fundamentais lutas políticas e populares contra o autoritarismo. Lembrar para não esquecer, para honrar a memória de todas e todos que lutaram pelo fim da ditadura, e para que nunca se repita em nosso país”.

“A importância da realização de um ciclo como esse, Ditadura Nunca mais, é jogar luz sobre essa agenda de memória, verdade e justiça, mas também relembrar todos os aspectos que foram prejudiciais ao Brasil, que foram aspectos estabelecidos pela ditadura militar. Então hoje, atualmente, as pessoas mais jovens que não viveram esse período podem não ter a lembrança fresca de quantos prejuízos econômicos, quantos prejuízos sociais, o quanto houve de tortura, de assassinatos, de desaparecimento de pessoas na ditadura, o quanto a ausência de democracia foi prejudicial ao nosso país nesse período”, explicou Elen.

A diretora da Fundação ressaltou ainda que debates como esses são relevantes para que a mentira não se sobreponha à verdade. “Para que não se tenha dúvida de que esse foi um período nefasto, para que a história não seja falseada, reescrita como muitas vezes a extrema direita brasileira tentou fazer, tentou passar a imagem de que a ditadura foi uma coisa boa quando, na verdade, ela não foi. Foi um período em que teve perdas econômicas, corrupção, perdas sociais importantes para o nosso país. Então essa agenda de memória, verdade e justiça é uma agenda que fortalece a democracia, é uma agenda que aponta um caminho para o Brasil seguir mais democrático, mais justo, com mais espaço para as organizações participarem da vida política do país e para as pessoas participarem da vida política do país”.

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