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Jaques Wagner nasceu no Rio de Janeiro em 16 de março de 1951. É casado, tem três filhos, um enteado e é avô de sete netos. Filho de Joseph Wagner e Cypa Perla Wagner, imigrantes judeus poloneses, iniciou sua trajetória política em 1969, no movimento estudantil, quando ingressou no diretório acadêmico da Faculdade de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ).


PERSEGUIÇÃO PELA DITADURA E FUNDAÇÃO DO PT

No início da década de 1970, passou a ser perseguido pela ditadura militar e teve que abandonar o curso de Engenharia e sair do Rio de Janeiro. Chegou à Bahia em 1974, terra que adotou e foi adotado como filho. Morando no Subúrbio Ferroviário de Salvador, Wagner ingressou na indústria petroquímica no polo de Camaçari, na região metropolitana da capital, onde se tornou técnico em manutenção.

Seu compromisso com as causas sociais, a luta pela democracia e pelos direitos dos trabalhadores o levou a atuar no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica (Sindiquímica-BA), do qual foi diretor e presidente. Nesta época, em um congresso dos petroleiros, conheceu Luiz Inácio Lula da Silva, com quem mantém uma estreita amizade e parceria há mais de 35 anos.

A capacidade de diálogo e natural liderança política levaram Wagner a exercer papel de destaque na fundação do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores. Jaques Wagner foi o primeiro presidente tanto do PT quanto da CUT na Bahia.

Filiado ao partido desde então, foi eleito deputado federal em 1990. Depois de três mandatos como parlamentar, concorreu à prefeitura de Camaçari e ao governo da Bahia em 2000 e 2002, respectivamente, e, em ambos, ficou na segunda colocação.

MINISTRO DE LULA E PRIMEIRO MANDATO COMO GOVERNADOR

Com a vitória de Lula, foi convidado pelo então Presidente da República para a função de Ministro do Trabalho e posteriormente, em 2005, tornou-se ministro das Relações Institucionais, assumindo a coordenação política do governo e suas relações com o Congresso Nacional. Ainda comandou a Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, onde consolidou-se como um dos principais quadros nacionais reconhecido pelo diálogo e construção de consensos entre governo, empresários e a sociedade civil organizada.

Jaques Wagner foi eleito Governador da Bahia, em outubro de 2006. Apesar de as pesquisas indicarem uma vitória no primeiro turno e com ampla vantagem do seu adversário e antecessor no cargo, Paulo Souto, Wagner venceu com 52,8% dos votos válidos, num total de 3.242.336 votos, impondo a mais contundente derrota à hegemonia do carlismo nas eleições da Bahia em décadas.

Seguindo o modelo inaugurado por Lula, Wagner fez um governo marcado pela forte aposta nos valores republicanos, refundando a democracia na Bahia, em diálogo transparente e franco com o conjunto da sociedade, sem as perseguições que marcaram a política baiana por décadas.

Teve foco no desenvolvimento social e implementação de políticas públicas voltadas às camadas historicamente excluídas da população, no investimento em geração de emprego, renda e combate às desigualdades regionais e na inauguração de um novo ciclo de crescimento econômico na Bahia, com a dinamização do parque industrial e construção de grandes obras de infraestrutura, que redesenharam as logísticas econômicas, sociais e culturais da Bahia.

SEGUNDO MANDATO

Sua administração obteve reconhecimento de sucesso da população e, em 2010, Jaques foi reeleito governador da Bahia, novamente em primeiro turno, com ampla vantagem sobre seu adversário do DEM – 63,8% dos votos válidos. Foram 4.101.270 votos, a maior votação já conquistada até então por um governador na história da Bahia.

Na Educação, Wagner promoveu o maior processo de alfabetização da Bahia, através do TOPA (Todos Pela Alfabetização), trouxe para a Bahia novas universidades federais e construiu a primeira política de Educação Profissional. Ainda no campo das Políticas Sociais, sua administração inaugurou a agenda de investimentos na Promoção da Igualdade Racial, nas Políticas para as Mulheres, Juventude e Agricultura Familiar.

Nos oito anos à frente do Governo da Bahia, o “Galego”, apelido dado pelo amigo Lula e consagrado na política baiana, colecionou importantes conquistas e vitórias. Na área da Saúde, destaque para os investimentos em equipes do Programa de Saúde da Família, na construção de hospitais regionais e na inédita e bem-sucedida experiência do Hospital do Subúrbio, em Salvador, primeira Parceria Público-Privada na saúde na história da Bahia.

Mas foi no campo da Infraestrutura que Jaques Wagner deixou sua marca mais contundente. Os investimentos em estradas e programas como o Água Para Todos e Luz Para Todos, mudaram radicalmente o acesso dos baianos a direitos básicos e criaram novas redes locais de desenvolvimento e elevação da qualidade de vida, em todas as regiões do estado. No que tange à Infraestrutura Econômica, Wagner ousou ao resgatar grandes projetos adormecidos como a construção da Ferrovia Oeste-Leste (FIOL), o Porto Sul, e obras como as adutoras, a Via Expressa, a Arena Fonte Nova e o Metrô de Salvador e Lauro de Freitas.

Sua popularidade foi posta à prova em 2014, quando elegeu seu sucessor, amigo e ex-secretário Rui Costa, também em primeiro turno, para o Palácio de Ondina. Com grandes realizações, principalmente nas áreas de Infraestrutura e Saúde, como o Metrô de Salvador e as policlínicas, Rui hoje é considerado um dos melhores governadores e gestores do Brasil.

MINISTRO DE DILMA

Em 2015, foi indicado pela Presidenta Dilma Rousseff para assumir o Ministério da Defesa em substituição ao ministro Celso Amorim. Com o agravamento da crise política em Brasília, Jaques Wagner foi nomeado Ministro da Casa Civil em 2015 e, ainda no corrente ano, Ministro-Chefe do Gabinete da Presidência da República.

De volta à Bahia após a cassação do mandato de Dilma, assumiu a coordenação-executiva do CODES, Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, e, em seguida, a titularidade da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, sempre com a tarefa de contribuir com o Governo Rui Costa no diálogo, mediação e elaboração de estratégias de crescimento para o estado da Bahia.

SENADOR MAIS VOTADO DA HISTÓRIA DA BAHIA

Deixou o governo em abril de 2018 para disputar uma das cadeiras no Senado Federal como representante da Bahia, nas eleições de outubro. Venceu a disputa para o Senado com 4.253 milhões de votos, a maior votação de um senador na história da Bahia.

Compromisso com a democracia e com os que mais precisam são as marcas de Wagner. Militante do movimento sindical, dirigente partidário, parlamentar, governador, ministro. Em todas as funções públicas que exerceu, Jaques Wagner deixou a marca da democracia, do respeito, da lisura, da competência e do compromisso inabalável com o combate às desigualdades e a construção de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna.

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