Efeito Lula: em 2023, preço da cesta básica caiu em 15 de 17 capitais, diz Dieese
Em 2023, o valor da cesta básica diminuiu em 15 das 17 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As principais reduções acumuladas no período de 12 meses, entre dezembro de 2022 e o mesmo mês do ano passado, foram registradas em Campo Grande (-6,25%), Belo Horizonte (-5,75%), Vitória (-5,48%), Goiânia (-5,01%) e Natal (-4,84%). Já as taxas positivas acumuladas ocorreram em Belém (0,94%) e Porto Alegre (0,12%).
“A tendência, para o conjunto dos itens, foi de redução, movimento que, junto com a revalorização do salário mínimo e a ampliação da política de transferência de renda, trouxe alívio para as famílias brasileiras, que sofreram, nos últimos anos, com aumentos de preços dos alimentos, em geral, acima da média da inflação”, afirmou, em nota, o Dieese, que realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos em 17 capitais.
Segundo afirmou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em entrevista à TvPT, especialistas já comprovaram que a política de valorização do salário mínimo, retomada pelo governo Lula, “é a ferramenta mais eficiente para distribuir renda e provocar uma ascensão social das famílias mais pobres”.
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política de valorização do salário mínimo havia sido abandonada pelos governos Jair Bolsonaro e Michel Temer, que passaram a reajustar a remuneração apenas com base na inflação – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – dos 12 meses anteriores.
Com Lula, além da inflação, o salário mínimo voltou a ser corrigido também com base na taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo ano anterior ao ano vigente. Caso o PIB não apresente crescimento real, a remuneração será reajustada apenas pelo INPC.
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Dessa forma, a partir de 1º de janeiro o salário mínimo passou a valer R$ 1.412, representando um acréscimo de R$ 92 em relação ao valor vigente em dezembro de 2023, de R$ 1.320.
“O salário mínimo não vai mais crescer abaixo da inflação. Então, nesse sentido, ele é a grande esperança para você distribuir renda, crescer a massa salarial e organizar o mercado de trabalho. Ele vai provocar, com o tempo, um crescimento dos pisos salariais, da massa salarial, e dessa forma, de novo, distribuir renda e ajudar a acabar com a pobreza”, avaliou o ministro.