Ao lado de Jerônimo, deputado Robinson defende metrô e critica Bruno Reis por retirada de ônibus da periferia em Salvador
Gestão municipal impôs crise no sistema de transporte e população sofre com incompetência da prefeitura, enfatizou o petista
O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Salvador pelo PT, Robinson Almeida, criticou o prefeito Bruno Reis (UB) pela ausência de ônibus nos bairros populares da capital. O petista esteve ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT), neste domingo (5), na entrega de uma encosta no bairro de Saramandaia. Segundo Robinson, é comum ouvir reclamações da população e críticas à prefeitura pela desativação de linhas de ônibus e redução da frota nos bairros. O líder da Federação PT, PC Do B e PV na Assembleia Legislativa também criticou Reis por tentar responsabilizar o metrô e o governo do presidente Lula pela crise no sistema de transporte da cidade.
“Olha governador, há duas semanas atrás o gestor dessa cidade afirmou que a chegada do metrô em Salvador causou um problema no transporte público de Salvador. Eu não consegui entender..Como é que pra fugir das suas responsabilidades, (o prefeito), que não coloca o sistema de ônibus pra funcionar, não garante tarifa justa, não tem ar condicionado, não está nos bairros populares, transfere a responsabilidade e a culpa
pro governo do estado? O metrô é o que há de mais moderno e eficiente na mobilidade urbana desta cidade, ele deveria agradecer ao governo da Bahia, mas age com ingratidão”, afirmou Robinson.
“Mas esse é um sentimento (de ingratidão) que não está presente no coração da população, que reconhece a eficiência do metrô e a importância desse modal, entregue pelo governo do estado, para nossa cidade”, enfatizou o parlamentar.
Robinson Almeida ressaltou que é clara a diferença de filosofia e projeto sobre transporte público na capital, entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Salvador. Ele recordou ainda que a outorga onerosa, cobrada das empresas de ônibus na gestão do ex-prefeito ACM Neto, também tem responsabilidade pela crise.
“Enquanto o Estado resolveu a macromobilodade, prioriza um transporte de qualidade, rápido e moderno, a gestão municipal fez e faz o contrário: desativa linhas, não faz a integração com eficiência e mantém um modelo de transporte sucateado e caro, que não beneficia a população. O ex-prefeito (ACM Neto) impôs a outorga onerosa, quebrou as empresas, com isso, e o seu sucessor seguiu o mesmo passo”, enfatizou. “Ao invés de resolver o problema e atender melhor a população, gastaram um foturna no BRT, um modal ultrapassado e desnecessário para a região assistida. Essa é diferença entre os projetos, porque enquanto eles maltratam e desprezam a população, a nossa gestão, governador, cuida de gente” , concluiu Robinson.