Coletivo Médicos pela Democracia discute importância das eleições para fortalecimento das políticas públicas
Em reunião realizada na sede do Partido dos Trabalhadores da Bahia, nesta segunda-feira, 16, integrantes da Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia (ABMMD) filiados ao PT discutiram os desafios das eleições deste ano para as políticas públicas no Brasil. A atividade é um evento de boas-vindas do PT Bahia, por meio da Secretaria de Relações Institucionais, aos profissionais de saúde que perceberam a necessidade de reagir ao processo de intolerância e dos desmontes de políticas públicas. No encontro, os profissionais destacaram também a importância do fortalecimento da democracia, defesa do SUS, da eleição de Lula à Presidência da República para reconstrução do país e de Jerônimo Rodrigues para a Bahia avançar ainda mais.
Presente na reunião, o deputado federal Jorge Solla destacou a união do movimento médico e da militância da saúde para tentar transformar o cenário de crise no país. “Estarmos juntos aqui nesse momento é muito importante, especialmente pela dimensão dessa eleição. Nunca é demais lembrar que nós não estamos navegando em céu de brigadeiro, muito pelo contrário. Nós estamos em pane no país, e digo que mesmo estando lá no centro do furacão a gente ainda não tem a dimensão do tamanho do estrago que fizeram, estão fazendo e ainda farão. A gente não tem uma única política pública que você bote a lupa e tenha conseguido preservar o que a gente tinha até 2016. Os indicadores são uma tragédia. A vitória de Lula vai representar a capacidade de recuperar o país”, afirmou o deputado, que também falou sobre a importância da vitória de Jerônimo na Bahia.
Pré-candidata a deputada estadual pelo PT, a médica infectologista Ceuci Nunes também falou sobre a relevância da participação da classe para a conquista de um Brasil mais justo e disse que a eleição de 2022 é um divisor de águas. “Está havendo um desmonte muito grande de todos os programas sociais, de todos os programas de governo para as pessoas mais pobres, para a saúde, para a educação. E nesse sentido, a entrada de médicos em um partido como o PT é extremamente importante para qualificar essa luta, para dar mais conteúdo a essa luta e dar mais possibilidade de atuação dos médicos que acreditam em um Brasil mais justo, em uma saúde pública para todos, que tenha um orçamento adequado, nos programas do SUS que estão sendo desmontados e a gente precisa retomar. Estamos com o orçamento da saúde 20% menor do que em 2019, então isso tudo tem uma implicação na saúde das pessoas e no SUS em que 80% dos brasileiros só têm o SUS”.
Ceuci destacou a importância do legado das políticas públicas das gestões petistas em âmbito nacional e estadual e a necessidade de se avançar ainda mais. “Precisamos pensar na saúde não só como ausência de doença, mas de bem-estar social, e tudo que foi feito no governo Bolsonaro vai de encontro e não ao encontro das políticas públicas. Quando você compara o governo Lula e Dilma com o governo Bolsonaro é muito diferente o que foi feito para a população mais numerosa, a população mais pobre do Brasil. Na Bahia também é importante comparar como era a Bahia antes, como era a saúde, como eram as escolas antes do governo Jaques Wagner e do governo Rui Costa e como estão agora. Então essa eleição é uma eleição para se comparar o legado, mas é claro que não podemos ficar só nisso, a gente tem que propor avanços ainda maiores”.