Em live, Éden e dirigente nacional do MST debatem importância do movimento: “Talvez seja a melhor síntese do Brasil que nós queremos”*
O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, e a membra da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Liu Durães, participaram de uma live nesta quinta-feira, 28, no canal no do Youtube do TV PT Bahia, em que debateram a tentativa da CPI do MST no Congresso Nacional de criminalizar o movimento sem nenhum fato determinado, o que se configura como uma fraude. Na ocasião, eles também falaram sobre a violência sofrida por parte de integrantes do MST e defenderam a reforma agrária. Clique aqui e assista.
Com mais de 70 mil famílias em assentamentos espalhados por diversos estados brasileiros, o MST plantou mais de meio milhão de novas mudas de árvores e produziu mais de 40 mil marmitas solidárias para doação somente durante a realização da CPI, o que mostra o caráter humanitário, de busca por justiça social, comprometimento com o meio ambiente e a defesa pela erradicação da fome
Éden destacou, na live, que na ótica do partido, desde a sua fundação, o MST sempre se notabilizou, ao lado de sindicatos como a CUT, do movimento negro unificado, por lutas que se que se complementam e se multiplicam. “O MST talvez seja a melhor síntese do Brasil que nós queremos. Não haverá democracia no Brasil enquanto não houver reforma agrária. Talvez em termos factuais de direito determinado junto com soberania nacional, independência do país, de liberdade individual, de construção coletiva, de sociedade solidária, fraterna, mais igual, necessariamente passará por um processo de reforma agrária”.
Éden fez ainda um comparativo com outras pautas importantes, como a independência energética e a superação do racismo e do machismo como formas de alcançar um país mais justo e igualitário. “E talvez isso assuste parcela da extrema direita, mas nos mobilize também”, afirmou Éden, ao perguntar a Liu Durães sobre o real motivo da instalação da CPI, que para ele não passa de uma tentativa de perseguir dirigentes, parlamentares e aliados.
A membra nacional do MST concordou com o presidente do PT Bahia de que a CPI em momento algum teve como interesse debater a questão latifundiária. Para ela, a Comissão tem como objetivo difamar o movimento, amplificar os conflitos e em momento algum cedeu lugar ao contraditório, sem interesse em discutir a produtividade e a função real do MST e sua importância no combate à fome. “Estamos cada vez mais e melhor pensando na importância do processo de agroecologia e não há lugar para vingança”, ressaltou Liu Durães.
