“Holocausto brasileiro ”, diz secretário de combate ao racismo do PTBA sobre chacina no Rio e caso Genivaldo
A Secretaria de Combate ao Racismo do PTBA repudiou as ações policiais que mataram mais de 20 jovens nos últimos dois dias no País. A chacina na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, que deixou 22 mortos e 7 feridos, e o assassinato de Genivaldo, em Sergipe, decorrentes de ações policiais.
A operação no Rio de Janeiro se tornou a terceira maior chacina do estado e envolveu agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, mas ninguém foi preso, apenas a apreensão de armas de supostos criminosos.
Já em Umbaúba, Sergipe, uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal, matou Genivaldo de Jesus Santos com spray de pimenta e gás lacrimogêneo. O assassinato do sergipano aconteceu no mesmo dia da morte de George Floyd, há dois anos, nos Estados Unidos, e chamou a atenção do mundo pela violência policial contra negros.
Para Ademario Costa, secretário de combate ao racismo do PTBA, as mortes mostram como o estado brasileiro é violento e racista. “Vivemos um holocausto da população negra no Brasil. Quem mais precisa de justiça e reparação são os mais violentados em seus direitos e assassinados por quem deveria proteger. Não podemos mais aceitar uma chacina como a do Rio, a da Gamboa de Baixo, em Salvador, a morte de Genivaldo. Precisamos garantir vida aos jovens negros no Brasil”, disse Ademário.