Lula: “Desenvolvimento não pode continuar sendo privilégio de poucos”
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou como convidado da sessão de abertura da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia, neste sábado, 17 de fevereiro. Com o apoio de Lula, a entidade iniciou sua integração ao G20 em 2023, sob a presidência do Brasil.
O presidente defendeu em seu discurso uma frente global contra a fome, um dos principais temas da agenda promovida pelo Brasil em fóruns internacionais, além de frisar a importância de uma parceria entre os dois países para fomentar o desenvolvimento econômico e social de ambos os países.
“A luta africana tem muito em comum com os desafios e a luta do povo brasileiro. Mais da metade dos 200 milhões de brasileiros se reconhecem como afrodescendentes. Nós, africanos e brasileiros, precisamos traçar nossos próprios caminhos na ordem internacional que surge”, destacou o presidente.
O histórico de cooperação entre Brasil e Etiópia inclui iniciativas voltadas para técnicas de produção agrícola em regiões semiáridas, compartilhamento de experiências em biocombustíveis, irrigação agrícola em pequena escala, alimentação escolar, saneamento básico e manejo sustentável de florestas.
“O desenvolvimento não pode continuar sendo um privilégio de poucos. Só um projeto social inclusivo nos permitirá eleger sociedades próprias, livres, democráticas e soberanas. Não haverá estabilidade nem democracia com fome e desemprego”, defendeu Lula ao pontuar que o Brasil quer crescer junto com o continente africano. “O Sul Global está se constituindo em parte incontornável da solução para as principais crises que afligem o planeta”, argumentou.
O desenvolvimento não pode continuar sendo um privilégio de poucos. Só um projeto social inclusivo nos permitirá eleger sociedades próprias, livres, democráticas e soberanas. Não haverá estabilidade nem democracia com fome e desemprego