Lula lança Plano Safra da Agricultura Familiar com recorde de R$ 76 bi em crédito rural
Nesta quarta-feira (3), em Brasília, o presidente Lula lançou o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, marcando um novo capítulo no apoio governamental à produção de alimentos saudáveis no Brasil com o maior incentivo histórico , de R$ 76 bilhões de crédito rural, um aumento de 43,3% em relação à safra 2022/2023.
Além disso, o plano totaliza R$ 85,7 bilhões em ações do governo Lula para impulsionar a agricultura familiar, refletindo um crescimento de 10%. O evento contou com as presenças do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que apresentou um conjunto de medidas inovadoras para fortalecer a agricultura familiar, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante a cerimônia, Lula destacou a relevância da agricultura familiar e a necessidade de regulamentação e incentivo à produção para garantir a estabilidade dos preços dos alimentos e a segurança alimentar no país.
“Os avisos econômicos já foram dados, o Plano Safra é exuberante, pode não ser tudo que a gente precisa, mas é o melhor que a gente pode fazer, e ele foi feito, sabe, de forma interativa, de forma coletiva, muita gente participou, muita gente deu palpite”, afirmou.
Lula ressaltou que existem cerca de 4,6 milhões de propriedades com menos de 100 hectares no país. “Temos aproximadamente quase 2 milhões de propriedades com um pequeno pedaço de terra”, destacou. Ele enfatizou a formalização e legalização das medidas anunciadas, mas alertou para a necessidade de vigilância constante: “Agora é importante que as coisas funcionem, e para que elas funcionem vocês tenham que ser o fiscal.”
O presidente também pediu o apoio da imprensa e dos parlamentares para garantir a eficácia das ações. “A imprensa pode ajudar a fiscalizar, os deputados podem ajudar a fiscalizar, os senadores podem ajudar a fiscalizar, os usuários podem ajudar a fiscalizar em tempo real”.
Em seu discurso, Lula refletiu sobre as oscilações nos preços dos alimentos, citando o exemplo do tomate. “Um dia desse eu estava vendendo uma fotografia antiga de um companheiro que planta tomate, talvez eu não saiba se em Goiás, e o preço do tomate estava muito barato, ele ficou jogando o tomate para os animais dele comerem,” relembrou, defendendo a necessidade de incentivar a produção para evitar a inflação dos alimentos. “Se a gente produz mais leite, se a gente produz mais queijo, se a gente planta mais tomate, planta mais pepino, planta mais chuchu, não vai ter inflação de alimento, gente.”
Lula também reconheceu a importância da assistência governamental para evitar prejuízos aos pequenos agricultores. “O governo vai cuidar para que o plantador de pepino não tenha prejuízo, é simplesmente isso”, garantiu. Além disso, o presidente destacou a inclusão de populações vulneráveis nas políticas de incentivo à produção. “Isso vai ajudar os nossos indígenas, vai ajudar os nossos quilombolas, vai ajudar os nossos seringueiros.”
Da Redação, com informações do Planalto