PT Bahia avalia impactos dos cortes nos bancos públicos
O Partido dos Trabalhadores da Bahia avaliou o retrocesso que o governo Jair Bolsonaro impôs aos bancos públicos no Brasil e os impactos dos cortes nas instituições financeiras na Bahia em reunião nesta terça-feira, 15, com representantes da Associação dos Gestores da Caixa Econômica Federal Bahia (Agecef). Estavam presentes no encontro a vice-presidenta do PT Bahia e coordenadora do Núcleo de Estudos de Política Pública do Partido (NEPP), Luciana Mandelli, o presidente da Agecef, Carlos Alberto Afonso Costa, o diretor de Relações Institucionais da Associação, Rogério Magalhães da Silva Teixeira e Sócrates Santana.
Na reunião, os representes da Associação falaram também sobre os impactos dos cortes na vida cotidiana, seja por conta do fechamento de agências bancárias, da privatização e terceirização dos serviços públicos e apontaram que a Caixa Econômica só foi salva do processo de privatização mais profunda devido à pandemia e a necessidade do Governo Federal de criar um instrumento para o pagamento do Auxílio Emergencial.
Os representantes afirmaram ainda que veem com grande preocupação todo o processo de privatização e descompromisso público que o banco está apresentando, passando a ser cada vez mais voltado para um banco do mercado para um banco privado do que para um banco com os interesses do trato com a coisa público e do cuidado com o investimento público que precisa ser feito. Outros exemplos de políticas de investimento do banco profundamente cortadas e que sofreram grande retrocesso são os das Linhas 1 e 2 do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, que deixaram de existir e com o financiamento concentrado em grandes empreiteiras.
“O PT recebe essas questões no ambiente do NEPP para que a gente possa absorver essas informações no desenvolvimento do estudo da política pública, já que o processo de recomposição do Brasil passará inevitavelmente pelo restabelecimento dos bancos públicos. Para que essa recomposição aconteça, precisamos entender exatamente qual o tamanho do corte, qual o tamanho do desemprego causado pelo desmonte que Bolsonaro impôs. Então, eles vão nos ajudar a estudar o impacto desses cortes e nos ajudar a pensar como é que se recompõe um banco público no Brasil visando o orçamento público”, explicou Luciana Mandelli.