Secretária Agrária Nacional do PT se junta a Embrapa para levar mudas de umbuzeiros ao semiárido baiano
O pesquisador da Embrapa de Cruz das Almas, Nelson Fonseca, apresentou o seu projeto de produção de clones de umbuzeiro e de umbu-cajazeira para a região semiárida baiana a secretária agrária nacional do PT, Elisângela Araújo. O projeto pretende levar 300 mil mudas de umbuzeiro para 65 municípios baianos, em 17 territórios.
Elisângela, que é agricultora familiar e tem história ligada aos movimentos sociais do campo, vai fazer interlocução para implantação dos projetos para o desenvolvimento de sistemas de produção agrícola sustentáveis de base familiar. A ideia do pesquisador e da secretária é levar o projeto onde a cultura do umbu tem importância econômica. Os agricultores poderão agregar mais de R$ 20 mil com a fruta.
“A assistência da Embrapa é fundamental para o povo do campo, pois leva ao caminho da inovação, eficiência produtiva e competitividade”, disse Elisângela. A secretária agrária nacional do PT acredita que o projeto do professor Nelson Fonseca vai colaborar com o fortalecimento da agricultura familiar.
“A Embrapa é uma instituição que executa pesquisas para aumentar a produção e a produtividade, ajuda a reduzir os custos dos agricultores e colabora com a qualidade da produção. É a pesquisa científica colaborando com a vida das pessoas”, completou Elisângela, que defende a Embrapa como uma empresa pública brasileira.
Segundo o pesquisador, com o projeto vai ter aumento da área de cultivo no semiárido baiano e de material propagativo para a produção das mudas. “A nossa ideia é o projeto ser executado no segundo semestre deste ano. A nossa meta é que, a partir de 2026, teremos estrutura montada no semiárido baiano para a produção de 300 mil mudas por ano”. “A chegada de Elisângela vai nos ajudar com parcerias e na busca de investimentos para execução do projeto”.
Com a pesquisa, pretende-se também repovoar o semiárido baiano com o umbuzeiro. Pesquisadores da Embrapa já observaram a diminuição acentuada nos últimos anos. Essa redução pode estar relacionada ao déficit hídrico e à morte de plantas centenárias. “Não se encontram umbuzeiros jovens em áreas pastejadas da Caatinga”, disse Fonseca.