Seis anos do assassinato de Marielle Franco: Marta diz que 14 de Março é marco contra o machismo
A vereadora Marta Rodrigues PT, presidente da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia Makota Valdina, da Câmara de Salvador, disse que a data desta quinta feira, 14 de março, entrou na história brasileira e mundial e deve ser lembrada “não só pela morte de Marielle Franco e seu motorista Anderson, mas como motivação para o empoderamento feminino e para o combate a violência contra as mulheres na política e nos cargos de poder.
Segundo Marta, a subrepresentatividade delas é um dos motivos que as levam a sofrer todos os tipos de violência, desde assédio moral e sexual, abusos psicológicos, manipulações, perda de direitos sociais ao chamado gaslighting, “o machismo que violenta a
mente feminina”.
“O legado de Marielle, sua partida brutal, o desfecho ainda permeado de questionamentos, foi um recado para todas nós, de que não nos aceitam em posições de poder, lutando por direitos de todas. Uma tentativa de silenciar nossas vozes, que nos mostrou e nos mostra o quão é importante não se calar incomode quem for.”.
A petista lembra que mulheres negras sempre são as primeiras vítimas do machismo e do descaso do poder público. Ela acredita que essa realidade só mudará com a coletividade das mulheres e com maior representatividade na política, nos legislativos, nos executivos e nos judiciários.
“Maioria no país, maioria em Salvador, são sempre as mulheres que mais sofrem com as faltas de políticas públicas. No caso de Salvador as mulheres negras que são a maioria das chefes de família, sofrem para conseguir emprego, para garantir uma educação pública de qualidade aos filhos, creches. E elas estão sempre ocupando cargos e salários abaixo dos homens”.
Para Marta, a data de 14 março é um dia para se lembrar que só se garantirá paridade de gênero no país, e na política, “com muito barulho”.
“Tentam nos desqualificar nos chamando de ‘nervosas’, ‘histéricas’ ou ‘loucas’. Mas a verdade é que este é o discurso do machismo para nos calar e nos constranger para que não ocupemos os lugares que merecemos. O dia 14 de Março é também um dia de grito, de grito por liberdade, por direitos, pela vida. Hoje é um dia que deve ser lembrado que só teremos avanços e conquistas com muito barulho. Tentaram nos dispersar matando Marielle, mas nos juntaram por ela, e por todas”, diz.